Entenda os benefícios da tecnologia, as restrições e o que considerar na hora de optar pela energia fotovoltaica no seu empreendimento.
O consumo de energia do seu condomínio é um dos culpados da sua dor de cabeça? Tem ideia de algum remédio para amenizar os sintomas?
Pois é, com o avanço da tecnologia e custos cada vez mais acessíveis, a utilização de placas de energia solar fotovoltaica começa a virar realidade em condomínios. E pode ser uma excelente alternativa em tempos de crise energética, não só pela economia, mas também pela proteção contra risco de apagões.
Inicialmente, o valor de investimento pode até assustar. Ele varia de acordo com a necessidade de cada condomínio, sendo os principais fatores o consumo de energia e a acessibilidade do local de instalação.
Mas a boa notícia é que bancos passaram a oferecer um financiamento para fontes renováveis com prazos de amortização mais longos.
Tipos de sistemas fotovoltaicos existentes
- Sistema fotovoltaico isolado à rede (off grid): tem o objetivo de atender o consumo próprio e não possui ligação com a rede de distribuição de energia elétrica da concessionária.
- Sistema fotovoltaico conectado à rede (on grid ou grid tie): é o mais amplamente usado no Brasil – inclusive nos projetos em condomínios -, de acordo com Vanessa, estudiosa da área de energia solar há mais 20 anos.
Como funciona
As placas ou painéis solares possuem células fotovoltaicas, que quando recebem raios solares, captam a energia solar e transformam em energia elétrica.
As placas são conectadas ao inversor solar, responsáveis por converterem a energia gerada em eletricidade. Há plataformas modernas on-line que permitem o monitoramento de tudo o que acontece na instalação.
Logo em seguida, toda energia gerada é conectada na rede e chega até o “quadro” de luz, no qual é responsável por distribuir toda a energia no condomínio.
Por ser uma benfeitoria que pode ser considerada necessária, segundo especialistas, basta a aprovação em assembleia pela maioria simples dos condôminos presentes.
No âmbito do direito civil, que rege as relações condominiais, ainda não há lei que regulamente esta instalação, segundo Junqueira.
No entanto, existem normas técnicas que devem ser levadas em consideração, especialmente a resolução da Aneel, que determina que a contratação de profissionais habilitados na área de engenharia elétrica é imprescindível para garantir o correto dimensionamento do sistema e para solicitar as licenças necessárias à concessionária de energia para a execução do projeto.
E antes de iniciar a utilização, a distribuidora terá ainda que vistoriar as placas para autorizar o uso.
Quanto custa implantar energia fotovoltaica em condomínio
Para se ter uma ideia: um condomínio que tenha despesa de R$ 2 mil por mês com energia elétrica, teria de investir entre R$ 90 mil e R$ 100 mil para zerar essa conta. O sistema, então, se pagaria em até 4 anos e geraria energia por pelo menos 25 anos.
Fora isso, não há taxa a ser paga à concessionária para a instalação. Apenas após o início do uso do sistema fotovoltaico, o que será pago na conta é a taxa mínima (que é a disponibilidade de energia) e encargos como taxa de iluminação pública.
Manutenção do sistema fotovoltaico
O outro ponto positivo a se destacar é que o custo-benefício da tecnologia compensa porque o sistema tem vida útil longa – de aproximadamente 25 anos – e praticamente não exige manutenção específica.
Essa tecnologia se adapta bem em qualquer empreendimento. Os mais novos já estão sendo idealizados com ela, enquanto os mais antigos precisam passar por um estudo, mas que também podem conseguir abrigar as placas.
O único limitador, no entanto, é o espaço. Cada painel com potência de 325 W (watt) mede 2,00 x 1 metros, por exemplo.
Preferencialmente, os painéis são instalados no telhado para não perder a área de solo, mas também já os colocamos em estruturas para garagem e já acomodamos em suportes no chão. Os painéis devem estar apontados para o lado norte com uma leve inclinação para se obter o melhor aproveitamento do mesmo, mas também pode se usar o lado oeste e leste, porém a produção diminui em média 10%, existe ainda a opção de instalação dos módulos fotovoltaicos nas fachadas dos prédios, porém isto ainda não é algo tão usual.